3 de fevereiro de 2010

Compre cortinas! Escolha aquelas bem compridas e largas, que tapem todas as frestas da janela. Não compre uma apenas, a não ser que tenha apenas uma janela em sua casa. Compre várias, uma para cada abertura para o mundo exterior. Instale-as o mais depressa possível. Feche-as!

More sozinho. Longe da sua família de preferência. Tenha poucos amigos. Isso não quer dizer que são fracas amizades, apenas não misture no mesmo bolso amigos e colegas. Procure ser independente. Seja exigente consigo mesmo. Sonhe. Mas sonhe muito! Crie a pessoa ideal para ser seu par romântico ou seu melhor amigo! Exija sempre deles. Amores e grandes amizades podem sim ser misturados.

Vez ou outra abra sua janela. Veja os carros passando. Você ai os vendo. Eles passando com suas vidas sem nem sequer notar a sua janela em meio às tantas outras janelas, dos tantos outros edifícios.

Siga sozinho dentro do ônibus cheio de gente, na rua cheia de carros. Você sentado no banco mais alto, sozinho. Vá olhando a cidade que você pouco conhece. Trace na cabeça o mapa do trajeto que o ônibus segue. Vá se guiando e percebendo por onde andas.

Pense. Isso é o mais importante! Tente entender o mundo pensando. Vanglorie suas idéias. Ache que o que você pensa é algo que as pessoas mereçam ler. Chegue em casa, após ver aquele filme que te tocou. Mantenha as cortinas semi-abertas. Ouça somente o barulho dos carros. Pense mais.

Agora relembre: você sozinho, na sua casa fechada, com sua cabeça cheia de idéias e seu sangue cheio de adrenalina. Isso te faz pensar mais. Mas você não pensa objetivamente. Você é emoção também. Aliás, a emoção é você também. Dizem-lhe que o errado é você por ser assim. Por se apaixonar rápido demais. O que é a paixão se não um emaranhado de sonhos. Quando você os deixa de sonhá-los, você simplesmente não quer mais a pessoa. Tão fugaz os sonhos vem, tão fugaz eles se vão quando não estimulados.

Você é assim. Uma ou outra pessoa que não estimula seus sonhos é que fogem a regra, e você se apaixona. Mas são minorias. Mas são intensas. Mas são complicadas. Mas você gosta. Mas você sofre.

Você quer alguém. Quer sim. Sempre disse que nunca se casaria. Hoje vê que isso era idéia ingênua. Idéia que você tinha como meio de se pintar como rebelde. Idéia da adolescência.

Crise dos vinte anos. Eis aqui que você está. Já não desdiz o casamento. Sonha em se casar. Mas pensa. Mas sonha. Não consegue abafar tais atos.

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