17 de fevereiro de 2010

Você nasce. De olhos fechados você nem imagina como é o mundo dos olhos que vêem. Vai ver você ainda nem pode ter consciência para imaginar algo tão grande e complexo como o mundo. Isto é para alguns o chamado período de “escuridão” da infância.

Mas à medida que vamos crescendo, o nosso cérebro vai se desenvolvendo. Daí surgem as primeiras perguntas, tais como: “Onde estou?”, “Que lugar é este?”, “Que coisas são estas?”, “Quem são estes?”. As respostas logo conseguimos: “Essa que me amamenta é minha mãe!”, “Azul é a cor do céu!”, “Este lugar onde eu durmo é minha casa!”, “O que me sustenta são os pés”, e por aí vamos descobrindo inúmeras respostas para as várias perguntas que vamos nos fazendo a medida que a infância passa.

Não sei! Não sou especialista em desenvolvimento humano. Sou apenas um observador com olhos e ouvidos atentos e mente em efervescência. Pode ser que meta os pés pelas mãos ao tentar “textificar” algo que eu penso/sinto. Mas convenhamos que se não tivesse risco de estar errado não teria graça. Seria uma idéia consagrada, algo sem possibilidade de discussão. Algo que eu teria simplesmente que aceitar. Tipo a famosa lei da gravidade: tem como argumentar que ela não existe? Lei da gravidade?! , o que eu quero falar não tem nada a ver com isso!

No passo em que vamos adquirindo maturidade, passamos cada vez mais a fazer perguntas. Surge, então, um novo tipo delas: as que não têm resposta! Ou então, que não são fáceis de obtermos. Qualquer introdução ao campo filosófico nos põe diante de uma infinidade de perguntas deste tipo. Quem nunca se deparou com as clássicas perguntas “Quem sou eu?” e “De onde vim?”? Perguntas complexas, assim defino essa nova categoria! Se é que há uma resposta finita para elas, ainda não descobri em meus poucos anos de vida.

Contudo a pergunta, desta segunda categoria, que me motiva a escrever este texto não olha para o passado em busca de minha origens, mas olha para futuro. Quer saber na verdade é se a felicidade estará permeado-o. “O que será de mim?”

Seria este mais um texto que posto aqui e que evidencia claramente que eu vivo uma crise dos vinte anos?

(...)



Não quero auto-análise, por favor, se é que já não esteja fazendo-a aqui!



Esse medo que temos de olharmos no futuro, já velhos, para o passado e vermos que o quê vivemos não foi nada daquilo que sonhamos quando jovens, é que me faz desabafar aqui. Para leitores que eu nem sei se de fato existem.

Eu quero poder viajar, ser amado, amar, ter dinheiro para uma vida confortável apenas, quero ter pouco stress, quero ser reconhecido profissionalmente, quero ter uma casa, quero morar numa cidade que eu gosto, quero poder falar de vários assuntos, desde os complexos aos mais simples, quero ser capaz de ler Clarice Lispector e entendê-la plenamente, ser capaz de definir que isto é boa Arquitetura e aquilo não com clareza, quero poder confirmar minhas teorias otimistas sobre a vida e ver que estava errado com as pessimistas. Eu quero é ser feliz no sentido mais idílico que pode existir para tal palavra!!!!!!!

Quero poder vencer o medo de uma vida insossa e inglória. O medo de me ver um frustrado, de ser pobre de mente e corpo. Mas vencer o medo não deve ser meta de vida de ninguém. Ai, que chato passar meus prováveis 70 anos de vida esperando que quando eu morrer deixarei para trás uma vida que poderei dizer (ou não, afinal já estarei morto) que foi deverás FELIZ!

O melhor a se fazer é assumir. Assumir que o medo existe e sempre existirá e aceitá-lo como algo da nossa vida. Após isso, pouco a pouco, o esquecemos. E focamos naquilo que realmente queremos, que no meu caso, conforme disse acima, é uma felicidade plena com direito as maiores idealizações e sonhos possíveis realizados!


Ps.: Posto aqui o cartaz do filme que me fez falar disso. Espero animar alguém a vê-lo e quem sabe que venha este falar comigo o muito mais que se pode falar sobre o assunto.

Aos leitores que não se se existem!!




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