19 de janeiro de 2010

Poder originário e constituição

A ficção de que no princípio era um estado selvagem é por demais importante para se entender o pensamento dos constituintes. Eles suponham que o mundo inteiro era desorganizado, que os princípios de organização social (parentesco, regência econômica, dádivas) pouco influenciavam a normatividade (regrinhas de ser e dever ser) das nossas vidas. Surge, portanto, o poder constituinte, que vai regular esse estado selvagem, fundando um estado de direito, uma vida regulada, etc..

Lembro-me que o poder constituinte originário de um grupo de e-mails ao qual faço parte, Los Machos Alfa, criava regrinhas de exogamia, impedindo afetos malditos dentro do grupo. Hoje o grupo se modficou tanto que até existe casal lá dentro. Alguns perderam o caráter de macho alfa, naquela república em que o exílio é/era uma opção.

E aqui surge mais um momento de constituiçao, de poder nao muito originário porque as nossa relações de direito já estão estabelecidas, e nossos contratos são usualmente revistos (e a gente briga muito pra interpretar a nossa constituição sociológica e não escrita de expectativas de comportamento). Quem sabe isso aqui só seja mais uma regrinha boba que será posta de lado? Quem sabe...??


Beijinhos a parte, Bem-vindos ao Blog Chico Bees. Cinema, arte e televisão. Flores, afagos e obrigações. Reciprocidade, retributividade, conflito, relação, subjetivação. Indiossincrasia? Não sei... acho que não passa de um bocado de enumerações ao estilo clássico de Adriana Calcanhotto, que sabe cantar mas nao sabe compor.

Vamos que vamos e boa sorte nessa vida, que é curta mas é nossa.

Alexandre Fernandes em 2010

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